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Gripe: exames só serão feitos em casos graves, diz Temporão

3 jul 2009 - 17h02
(atualizado às 21h58)
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O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse nesta sexta-feira que o ministério não realizará mais a confirmação laboratorial de gripe suína para pacientes que apresentarem não quadro de saúde grave.

Temporão anuncia novas medidas que o Brasil terá com a gripe suína
Temporão anuncia novas medidas que o Brasil terá com a gripe suína
Foto: Wilson Dias / Agência Brasil

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Segundo Temporão, após a constatação de que seu nível de letalidade é baixo, similar ao da gripe comum, o ministério adotou a medida de que os pacientes que apresentarem os sintomas da doença e não estiverem em estado grave serão medicados e deverão ficar em isolamento domiciliar.

Essa medida é importante, segundo o ministro, para que não haja a superlotação dos hospitais ou aumento do número de infectados.

Os pacientes que apresentarem complicações em seu quadro ou integrarem o grupo de risco (gestantes, idosos, crianças e pessoas com deficiência imunológica), farão exames, serão submetidos a confirmação laboratorial e, se necessário, serão internados.

O ministro informou que foram confirmados 756 casos da doença no País, com apenas uma morte. Em todo o mundo, segundo Temporão, 89.966 pacientes foram confirmados com a doença, em 116 países. Até agora, 382 pessoas morreram em todo mundo vítimas da gripe suína.

Inverno
Temporão também disse que é provável que o número de casos aumente consideravelmente no inverno. É esperado que a transmissão autócne (que ocorre dentro de território nacional) aumente ainda mais.

Segundo o ministro, a transmissão dentro do País ainda é ainda limitada. Entretanto, há cerca de três semanas, os casos autócnes representavam apenas 6% dos casos no Brasil. Atualmente, esse número já representa 30% das confirmações.

Medicação
Temporão informou ainda que o Brasil manterá a estratégia, adotada na semana passada, de medicar apenas casos suspeitos que integrarem o grupo de risco ou que apresentarem evolução negativa no quadro. Antes da medida, todos os casos suspeitos eram medicados e isso, segundo o ministro, poderia fazer com que o vírus adquirisse resistência à medicação.

Em três países, Japão, Dinamarca e Hong Kong, foi detectada essa resistência.

Fonte: Redação Terra
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